O melasma é uma doença pigmentar caracterizada por manchas marrons de formas irregulares que aparecem especialmente na face, mas podem afetar também braços e colo. É bastante comum em mulheres da Ásia, paquistanesas, indianas, hispano-americanos e brasileiras.
Para desmitificar a doença, preparamos um blog que aborda em detalhes seus tipos e tratamentos. Vamos lá?
Origem da doença
A causa envolve a interação entre o melanócito, célula produtora da melanina, ceratinócitos, os mastócitos e células vasculares. Alguns trabalhos têm apontado o melasma como uma doença do envelhecimento em pacientes predispostos geneticamente.
Hoje, sabemos que o melasma envolve a exposição à radiação solar, predisposição genética, fatores hormonais (o que faz a doença ser comum em gestantes), fatores oxidativos e inflamatórios e até mesmo o uso de alguns cosméticos.
Tipos de melasma
A doença pode apresentar três variações. São elas:
- Melasma epidérmico: excesso de melanina na camada superior da pele.
- Melasma dérmico: afeta a camada intermediária da pele, localizada entre a derme e a hipoderme. Provoca manchas mais escuras.
- Melasma misto: quando há a combinação dos dois tipos citados anteriormente. Casos assim demandam atenção ainda maior ao tratamento.
Ao notar o aparecimento de manchas escuras na pele, é fundamental que o paciente procure um dermatologista para analisar o caso. Quando antes o diagnóstico feito, mais eficaz e assertivo o tratamento pode ser.
No consultório, o médico perguntará questões simples, como o tempo de exposição ao sol, histórico familiar de doenças de pele, e se tem feito uso de alguma medicação que possa ocasionar o problema.
Tratamentos tópicos mais recomendados
Os tratamentos atuais envolvem fotoproteção de amplo espectro, que atua sobre as radiações UVA e UVB, uso de fotoprotetores orais, como o polypodium leucotomus e também de antioxidantes orais, como o picnogenol e o resveratrol, além do ácido tranexâmico.
Outras alternativas envolvem o uso de clareadores, derivados da hidroquinona ou não, como a vitamina C, a niacinamida, ácido glicólico, ácido kójico, entre outros.
Os resultados podem levar cerca de dois meses para aparecer e o tempo de resposta varia de acordo com o paciente. Quando falamos dos cremes, a grande vantagem está na praticidade de sua utilização, pois podem ser utilizados em qualquer região do corpo e fazerem parte da rotina de cuidados com a pele do paciente.
Tratamentos realizados em consultório
Em muitos casos, pode ser necessário realizar tratamentos diretamente no consultório. Como possíveis alternativas, temos:
- Microagulhamento: pode ser realizado de maneira manual, com o auxílio de um roller, ou de maneira robótica, com agulhas que penetram na pele e criam canais por onde podem ser entregues substâncias clareadoras que irão tratar o melasma.
- Peeling químico: a partir da descamação realizada por meio de diversas substâncias, auxilia na redução das manchas e ainda garante uma melhora significativa no aspecto da pele. A intensidade das sessões irá variar de acordo com a extensão do melasma. Ácido glicólico, cosmelan/dermamelan são as substâncias mais utilizadas.
- Lasers: O Nd- yag, laser de picossegundo e pulse dye laser são os mais comuns e devem ser realizados por um profissional habilitado. O laser atua diretamente sobre o melasma, causando o mínimo de inflamação possível na pele.
Por fim, podemos citar também como método de tratamento para o melasma o uso de plasma rico em plaquetas.
Conclusão
Quando pensamos em tratamento para o melasma, temos que ter mente que se trata de uma doença crônica, sem cura, porém passível de controle, que depende do compromisso do paciente com cada etapa de cuidado dermatológico.
Vale ressaltar também que, independente da abordagem para cuidar da doença, é importante utilizar protetor solar diariamente, com FPS 50 ou superior, mesmo em dias com o tempo mais fechado.
Se você sofre com o problema, não deixe de consultar um dermatologista! O profissional irá analisar o seu caso com cuidado e indicar o melhor tratamento para o seu caso.
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