Você sabia que nem toda queda de cabelo decorre do estresse, podendo ser uma doença denominada como alopecia areata?
Se trata de uma doença auto-imune, que acontece em pacientes geneticamente suscetíveis, gerando perda de cabelos em diferentes graus. A doença pode ter curso crônico, entrando em remissão e surgindo em diversas situações. A prevalência da doença é de 0.1- 0.2% da população mundial, acometendo ambos os sexos em qualquer faixa etária.
A doença se manifesta como placas sem cabelo de aparecimento súbito no couro cabeludo, porém pode acometer outras áreas pilosas como a barba em homens, além de sobrancelhas e cílios. Normalmente é indolor, mas pode causar prurido e dores.
Existem ainda padrões mais graves, afetando todo o couro cabeludo, denominada alopecia areata totalis ou mesmo todas as áreas do corpo com pelos, recebendo o nome de alopecia areata universalis. Vale citar também as formas especiais, como a alopecia ofidiásica e a alopecia aguda total e difusa em que os cabelos caem completamente e renascem em 3 meses.
Pode ter relação com dermatite atópica, rinite alérgica e com outras condições, como psoríase e doenças tireoidianas. Recentemente, tem se tentado provar a associação da doença com o estresse e a dieta.
Diagnóstico
É feito clinicamente em associação com a tricoscopia, onde busca-se os cabelos em ponto de exclamação, que são característicos da doença, embora também possamos observar outros fatores, como pontos amarelos e cabelos distróficos. As unhas também podem apresentar alterações.
Como tratar?
O tratamento é escolhido levando em consideração a idade do paciente, a extensão da doença e o tempo de doença:
- Abaixo dos seis anos: a principal terapia é o corticoide tópico independente da extensão da doença.
- De 7-13 anos, em formas agudas: o esteroide oral pode ser usado.
- Adultos e adolescentes com doença limitada: a escolha é o corticoide intralesional que é injetado direto na pele. Na doença extensa, podemos usar corticoide tópico ou oral. Ciclosprorina e inibidores da JAK podem ser efetivos sozinhos na doença extensa, assim como metotrexate e ciclosporina podem ser usados em conjunto com corticóides orais.
Conclusão
O objetivo deste texto foi mostrar que a alopecia areata é um problema que tem solução! Fique atento aos sinais do seu corpo e caso tenha indícios de algum dos sintomas que citamos neste blog, procure um dermatologista.
Agende uma consulta com a Dra Kaliandra, dermatologista no Rio de Janeiro, para saber mais sobre cuidados com a pele e cabelos! Siga no nosso blog! Para acessar outros conteúdos, clique aqui!
Deixe um comentário!
0 Comentários