As estrias são lesões de alta prevalência na população, acometendo em torno de 80% das pessoas, principalmente as mulheres, numa proporção de 2,5 mulheres para 1 homem.
Correspondem a cicatrizes lineares da pele associadas à atrofia da derme. E apesar de sua causa não ser completamente conhecida, fatores genéticos, endócrinos e distensão da pele estão implicados.
Localiza-se geralmente em braços, quadris, abdome e região de dorso, mas pode surgir de forma disseminada quando associada ao uso de corticoide externo. Clinicamente, iniciam-se como cicatrizes lineares, vermelhas a violetas com leve edema (inchaço) e depois, com o tempo, tornam-se brancas, pálidas, atrofiadas e profundas.
É comum o seu aparecimento após a gravidez, estirão do crescimento, obesidade, ganho rápido de peso e estados de grande perda de peso, como anorexia nervosa, tuberculose e dietas agressivas. Medicamentos também podem levar à formação de estrias, como corticoides e anti retro-viral para o tratamento do HIV, além de doenças hepáticas e da glândula adrenal.
Como sua fisiopatologia não é completamente compreendida, os tratamentos descritos são amplos e não há uma modalidade terapêutica isolada eficiente. Os tratamentos englobam dieta e exercício físico, porque apesar de não haver estudos que corroborem a melhora da estria com esses procedimentos, a manutenção do peso ao menos evita o surgimento de novas lesões. Temos ainda os tratamentos tópicos com cremes à base de ácido retinoico e glicólico. Soma-se a isso o uso de cremes de hidratação, que tem ação preventiva na formação das estrias, entre os agentes mais usados estão vitamina C, ácido hialurônico, pantenol, centella asiática e elastina.
Quanto aos tratamentos realizados em consultório, temos os peelings químicos, cuja literatura exibe pouca eficácia e sua ação seria apenas de adjuvante.
Quanto aos dispositivos a laser, podemos citar o Nd-yag ou o Dye Laser para as estrias vermelhas, a luz pulsada, que também pode ser efetiva estimulando a colagenese, e ainda os lasers ablativos, como o co2, que aumentam a síntese de colágeno, reduzindo a atrofia das estrias.
Atualmente, ainda dispomos do microagulhamento robótico e manual, assim como a radiofrequência fracionada . Ambos promovem injurias mecânicas ou térmicas.
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